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A comissão de revisão dos símbolos municipais de Peabiru, instituída em agosto do ano passado, apresentou o relatório final dos seus trabalhos nesta sexta-feira, 29. O documento possui propostas para os novos desenhos do brasão e da bandeira de Peabiru.
Quanto ao desenho do brasão de armas e da bandeira, a comissão identificou diversos equívocos. Entre as falhas está a cor da coroa mural que é dourada, mas somente deve ser aplicada em brasão de Capital do Estado, segundo a regra artística da heráldica. Todos os demais municípios do Brasil devem ter em seus brasões a coroa mural na cor prata. Identificou-se a necessidade da inversão das cores das faixas — que ficam no centro dos símbolos — e a inclusão de um elemento indígena expressivo, tendo em vista a ligação histórica da cidade com os Caminhos de Peabiru.
Ainda decidiram pela correção do desenho da cruz, alusiva a Companhia de Jesus, e do listel — a fita onde são escritas informações ou valores cívicos da cidade. Atualmente, o listel consta um acróstico idealizado pelo historiador Nelson Bittencourt Prado, ligado a corrente positivista, com os dizeres: "Paz, Educação, Amor: Bens Integrantes da Razão Universal". A comissão optou por sugerir a aplicação do nome da cidade, as datas da criação do município, bem como, a data da posse do primeiro prefeito eleito, Silvino Lopes de Oliveira, em 14 de dezembro de 1952, data escolhida para comemorar o aniversário do município.
A proposta para a nova bandeira de Peabiru sugere o uso do brasão de armas sem o listel, pois a inserção do nome da cidades em bandeiras é considerada uma heresia heráldica, duas faixas nas cores verde e amarelo e o “formoso azul” do hino de Peabiru e o cruzeiro do sul, lembrando as ligações de Peabiru com a história do Paraná. Apesar da cidade ter uma bandeira, a mesma não pode ser considerada oficial, pois não foi oficializada em lei. A atual bandeira de Peabiru é similar ao Pavilhão da Presidência da República e a comissão optou em criar uma nova bandeira com elementos históricos da cidade.
Os responsáveis pelos trabalhos foram o chefe da Divisão de Cultura, Jair Elias dos Santos Júnior; o professor e escritor, Fábio Sexugi; o historiador Arléto Rocha e o autor do hino do município, professor Espedito Ferreira.
Projeto de Lei – O trabalho da comissão foi concluído no final de março. Além das mudanças nos símbolos, a comissão apresentou uma minuta de projeto de lei, que será enviada pelo prefeito Claudinei Minchio para apreciação da Câmara de Vereadores. Se aprovada, a lei vai regulamentar o uso da bandeira, do brasão e do hino, além de criar o sinete do município, uma espécie de selo, para ser usado nos documentos oficiais da cidade.
Histórico – A proposta apresentada pela comissão é a terceira da história do município. Não foram encontrados registros da criação do primeiro brasão de armas de Peabiru, porém o município utiliza em seus impressos o desenho do brasão que destacava o nome do município e suas riquezas naturais.
Em 1972, o historiador de Campo Mourão, Nelson Bittencourt do Prado, elaborou um amplo estudo para a criação do novo brasão que foi aprovado pela Câmara de Vereadores por meio de projeto de lei e sancionado pelo então prefeito, Lary Calixto Razzolini.
Segundo relatos de pioneiros, logo após a aprovação do segundo brasão, pessoas que visitaram o município perceberam as falhas heráldicas no desenho do brasão. Já o Hino de Peabiru foi oficializado na década de 1990. Até então, a letra ainda não era oficializada. O autor menciona que procurou incluir na letra todo o amor que sentia pela cidade. Quanto a bandeira, a comissão não encontrou registros de sua criação e de seus autores.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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